This Penguin Can Fly é um pinguim formado por três membros que se mostram em formato música instrumental descomprometida. As ambiências cruzam-se algures entre o imaginário do post-rock e a agressividade de riffs de guitarra melódicas e agressivas, embutidas em ritmos dançáveis, que dão corpo à identidade musical que os caracteriza. Em abril de 2017, editaram o primeiro longa-duração intitulado “Caged Birds Think Flying is a Disease”. Um trabalho pujante, ritmado e orgânico, onde o trio reinventa o rock instrumental patente no primeiro EP, juntando-lhe vários elementos e novas sonoridades, como floreados orientais de guitarra ou ritmos sul-americanos.
Esse trabalho levou-os aos palcos do Festival Vodafone Paredes de Coura, Braga Music Week, Centro Cultural Vila Flor, Maus Hábitos, Sabotage, entre outros.
Em 2022 regressam com o terceiro disco ‘For All Our Hopes. For All Our Dreams’. O título do álbum explica a intenção: os desejos, as virtudes, as esperanças e os sonhos, as cores e a emancipação do próprio ser. This Penguin Can Fly largam, finalmente, das amarras do post-rock tradicional e dão espaço às vocalizações, aos convidados, às influências, aos teclados e aos ritmos menos convenientes da sua zona de conforto.
‘For All Our Hopes. For All Our Dreams’ é um guia emocional e espiritual, de cor e de libertação. Existe rasgo, raiva, saudade, melancolia, prazer, festa, amargura, medo, alegria e esperança; esperança de que tudo estará cá no fim, feita a viagem, ao regressarmos às nossas casas. É uma transformação feita com peso e medida que deambula entre a dicotomia luz/sombra. Afinal, são os sonhos e esperanças que se propuseram a musicar. É dar corpo ao infinito, é dar forma ao éter das coisas. É transformar o invisível no maior clarão das nossas vidas.
Com participações especiais de Claiana e Homem em Catarse, ‘For All Our Hopes. For All Our Dreams’ ganha essa dimensão onde instrumental e voz coabitam no mesmo espaço. ‘Viemos ao Mar (Crer em Regressar)’, tema que fecha o disco e composto em parceria com Afonso Dorido – Homem em Catarse – é também mostrado como segundo single de todo o trabalho. “Crer que há ir e voltar” é o mote para um tema que nos fala sobre o medo da perda, sobre essa viagem que não terá vinda; só ida. O medo é o primeiro passo para a coragem e daí conhecemos a esperança. O sonho mora logo ali ao lado.
É preciso voar, é preciso crer, é preciso voltar. É preciso sonhar. Alimentemos esse balão, então.