Palas lança “Caos”, o 1.º episódio de uma Curta Metragem

Filipe Palas mudou durante a pandemia. O músico e agitador cultural bracarense abandonou o rock e a música experimental e eletrónica passou a dominar o seu espírito e forma de estar. Agora, quer explicar esse salto para o hiperespaço com uma Curta Metragem realizada por Paulo Cunha Martins, com textos de Adolfo Luxúria Canibal.

Depois de vários anos focado em sons mais fortes e intrusivos, o músico fundador de bandas como Smix Smox Smux e Máquina del Amor, percebeu que já não era o mesmo depois de se ter sentido profundamente afetado pela distopia social por que todos nós passámos. Felizmente, a forma que encontrou para escapar ileso foi através da criatividade pura e dura.

Surge então “Tons de Pele”, o novo álbum que conta com as participações de Sérgio Freitas (Sensible Soccers, Serge Fritz) e Luís Barros (Alek Rein, The Burnt Pines, Filipe Sambado, Les Saint Armand).

As composições e a instrumentação passaram a ser mais abstratas e as estruturas mais traiçoeiras, escapando aos cânones antes utilizados. Os sintetizadores e as baterias preparadas ganharam o destaque merecido e necessário e os temas sobre os quais se cantam transportam-nos para um sítio mais pessoal e mais próximo do artista.

Chegado aqui, achou que fazia falta uma refletida contextualização. Daí até preparar uma Curta Metragem de transição foi um pequeno salto, sem precisar de uma nave espacial. Realizada por Paulo Cunha Martins, esta curta retrata os vários lugares e estados de espírito que fazem parte da vida do músico e, consequentemente, da sua alma. São 5 os temas que integram o vídeo álbum, temas que se interligam e têm uma forte relação de interdependência.

Um trabalho conceptual sobre a reflexão, involuntário, que será acompanhado por uma narrativa escrita por Adolfo Luxúria Canibal e cujo primeiro episódio é este “Caos”, agora tornado público.

“Já o regozijo da cidade deserta inflama o sonho de um mundo sem dor, com a canção a celebrar, em tristonha alegria, a esperança pouco convicta nesse amanhã resplandecente de amor, que faz esquecer a nortada e o frio do mar.”

É com cartas de memórias espalhadas pelas ruas da cidade de Braga que se assinala o arranque desta nova fase musical de Filipe Palas. Num banco de jardim, numa rua icónica, numas escadas. Durante os próximos meses será possível tropeçar num exemplar único de textos editados por Adolfo Luxúria Canibal, que ilustram cada memória empregue nas canções do EP “Tons de Pele”.

Para se saber onde estarão, basta seguir as redes sociais da Bazuuca e do Palas durante o dia de lançamento de cada música. A cada carta deixada, será partilhada uma fotografia com a morada e alguns desafios que apelem ao começo de novas histórias e memórias.

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